Os anos passam e com eles
acumulamos uma
série de experiências
que nos tornam mais fortes,
mais enrijecidos diante das
curvas da vida,
no entanto é impressionante como
para algumas dessas curvas
nunca
estamos preparados e
delas uma das que mais me comove é
o momento do
adeus.
Viver é conviver,
conhecemos pessoas o que gera
momentos prazerosos.
Um simples oi na
mesa do bar, ou numa festa de amigos,
ou na chegada ao curso
novo
e de repente o dono do cumprimento
já está se tornando seu melhor amigo de
infância.
Existem ainda os grandes amigos
de infância mesmo, com eles
parece
que dividimos o berçário,
conhecem nossas dores pela maneira
que espirramos e se
as coisas seguissem
a ordem do nosso coração isso
continuaria por toda nossa
vida.
No caso dos desimpedidos o tal
oi pode tornar-se até algo mais e
aquele
tal desconhecido
de repente pode fazer com
que um sorriso transforme o céu
nublado em arco-íris.
Excetuando os que têm aversão
ao convívio social,
qualquer um sente prazer
em apertar a mão de um, até então,
desconhecido.
É esse
prazer em conviver que nos torna
humanos, risadas gostosas de fim de tarde,
lágrimas derramadas num ombro amigo,
encrencas, reclamações, vamos crescendo
juntos, aprendendo, convivendo.
Justamente quando penso em
tanta coisa boa
que me aparece
o outro lado das relações,
conhecemos as pessoas, mas um
dia
temos que deixá-las partir:
a festa acabou, as férias terminaram,
o amor não é o
mesmo, mudança
para outra cidade, recomeço de vida,
fim de vida – a dor, de
fato,
só muda de intensidade em cada uma delas.
Conviver com o adeus é
difícil,
mas por mais que doa precisamos
lembrar que nada é eterno e que
o canto
da partida sempre estará
presente em nossas vidas, precisamos aprender
a deixar
as pessoas seguirem seus caminhos e
precisamos aprender a seguir o nosso.
Quem
sabe tentando entender isso
não fique mais fácil dizer adeus...