Você já deve ter ouvido falar de pessoas que,
literalmente, secam as flores
para
as quais olham.
Você já deve ainda ter conhecido
alguém que sempre está
desejando
possuir o que é de outro,
que acha a vida do outro mais importante que
a sua.
E já deve certamente te pensado como é possível
que muitas pessoas
perderem o
precioso tempo de sua vida dando
conta da vida dos outros.
Que
espécie de exercício interior é
esse onde vale mais perder tempo questionando
qual o manequim usado pelo outro ao
invés de refletir sobre suas próprias
atitudes diante de diversas situações?
Acredito que falar da vida alheia
seja
uma necessidade de auto-afirmação
que alguns indivíduos desenvolvem
depois de
estratégias falhas de serem
felizes e imagino ainda que seja mais difícil
para
estes que para as vitimas da maledicência em si,
deve ser duro viver precisando
de uma
vida que não lhe pertence,
como foco principal.
Não, não estou aqui me
colocando
como politicamente correta,
detentora da verdade ou coisa parecida,
também já fiz fofoca na vida, comentei
coisas dos outros, mas o que me intriga
e
me indigna é perceber que algumas
pessoas vivem disso e saboreiam com
uma
estranho prazer a idéia de se apossar
de uma história que não é sua.
Raiva,
desejo, despeito, maldade, tristeza,
rancor, que seja. Não me importa!
As
pessoas precisam compreender que na vida
real as histórias são construídas
ao
modo do protagonista.
Que viver é um exercício pessoal,
aprende-se vivendo e que
não adianta
apontar seu dedo, querendo que as caminhadas
que não são suas mudem,
cada um constrói
o seu próprio caminhar.
Oxalá que um
dia cada um possa seguir
a sua
estrada pessoal e profissional
tranquilamente.
Que as pessoas possam amar,
chorar,
se alegrar e entristecer,
sarar e
adoecer sem que isso seja motivo
de
questionamentos ou insatisfação.
Que
chegue um dia em que sejamos
humanos
menos desejosos de ditar regras
e mais
esperançosos de doar vida.
Aí, quem
sabe assim, a gente deixe
de ser
sonho e passe a ser gente,
realidade
consistente.