Quando estamos à procura do amor
nos prometemos agir de
mil e uma maneiras impensadas
que agradariam
àquele que nos completaria sem
limites. E de repente quando
esse amor chega nos vemos
impedidos pela lógica de cumprir
as
promessas que outrora enchiam
nossos corações.
Conforme os anos passam e as
quedas e levantes tornam
nosso espírito mais amadurecido
percebemos que as
promessas devem vir na medida
certa de nossa alma, aquela
promessa doce, real, completa, a
promessa que nos torna
humanos, verdadeiros.
Então, nos permitimos dizer:
Te amo tanto que...
Te prometo o amor sem exageros.
Por que todo exagero
é passageiro e sufoca a alma.
Te prometo o amor que não será
eterno, porque a eternidade
é utopia.
Te prometo que serei fiel a meus
princípios e que me
respeitando te respeitarei.
E que dentro dessa fidelidade
buscarei a alegria de um
coração repleto, mas não te
negarei as tristezas, pois elas
existem não há como negá-las.
Te prometo te magoar o menos que
eu puder, mas te
asseguro que te magoarei, bem
como que certamente teremos
dias de desculpas vazias,
sinceridade invertida, que
protege o amor.
Te prometo que serei falha e que
muitas vezes não ouvirei
tuas reclamações, nem saciarei
suas dúvidas, culpa dos dias
cheios
de trabalho, culpa da minha
humanidade imperecível.
O nosso amor será calor e frio,
motivo e razão, início e
fim.
Te prometo que as mudanças não
virão na hora certa, elas
nunca vêm, os consertos são
desejados, mas sempre são
adiados, não é sinal de falta de
amor, é medo de mudar o que
existe e apagar a emoção que nos
guia desde o primeiro encontro.
Nada perfeito motiva.
Te prometo ser real, ser
verdadeiro na medida que eu
puder,
mas que tudo te prometo ser
humana, porque a humanidade
me consome e ela certamente me
fará errar.
Te prometo tudo e não prometo
nada.
E nesse tudo te prometo meu amor
enquanto eu souber te amar.
Editado:
~Segunda-feira, 22 de Outubro de
2007~
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