Dizem que para o amor chegar
não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para
acontecer.
Ele vem de repente e se
instala...
No mais sensível dos nossos
órgãos...
O coração.
Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também que pelo
fato Deste momento...
Não ser determinado pelas
pessoas...
Quando chega,
Quase sempre os sintomas são
arrebatadores...
Vira tudo às avessas e a
bagunça feliz Se faz instalada. Afinal, tudo
poderia ser tão
diferente. No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno para
As suas pretensões.
É como se elas falassem além
Das palavras...
Entendessem a tristeza do
outro, A alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares
diferentes.
E de querer compartilhar a
vida Com o outro,
Toda a emoção contida à
espera Do encontro final.
Desejam coisas que se tornam
Quase impossíveis,
Mas que são tão simples de
viver. Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar por uma
estrada com Lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer
pipocas...
Rir e brincar...
Brigar às vezes, Mas fazer as
pazes com um jeitinho Muito especial.
Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois
poderão estar Juntas de novo...
Sem que a despedida se faça
presente.
Porém muitas vezes elas se
encontram Em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam
permitir.
Mas depois que se
encontram...
Ficam marcadas ...
Tatuadas...
E ainda que nunca venham a
caminhar Para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se
separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em
algum lugar.
Almas que se encontram jamais
se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si
só, A infinita necessidade...
Que têm uma da outra para
toda a eternidade.
Autor:
Paulo Fuentes